O Papel no Varal é um sarau poético, no qual 100 poemas são pendurados em um varal de sisal para serem lidos – de preferência no palco – pelo público presente. O evento existe desde abril de 2009. Todos podem ler qualquer poema do varal, desde que não seja o próprio autor. Não é indicada a leitura de poema que não esteja pendurado no varal. O sarau é composto por dois blocos de leitura de poemas, intercalados pela participação de músicos convidados, que fazem também a abertura e o encerramento do evento.

    A curadoria das poesias pode ser eclética ou sobre um tema específico, como “água”, “mulher”, “flor”. Durante o ano, dois saraus se destacam: Papel no Varal Erótico-Carnavalesco, nas prévias carnavalescas, e o Arraial do Papel no Varal, durante os festejos juninos. A duração aproximada do evento é de duas horas. A classificação indicativa varia de acordo com o tema da edição.

   Além do Papel no Varal em formato de sarau, também há o formato instalação, que utiliza a mesma base estrutural, ao disponibilizar 100 poemas pendurados em um varal de sisal. Entretanto, aqui, o objetivo é ocupar espaços públicos e/ou privados com a poesia. É permitido e estimulado que o público retire do varal aquelas poesias que lhe interessam. Para tanto, também são penduradas no varal explicações sobre o projeto Papel no Varal.

     Um dos momentos marcantes do Papel no Varal foi a Intervenção Urbana de 29 de abril de 2010, quando Maceió acordou com 28 mil poemas pendurados em varais espalhados por toda a cidade.